Thursday, August 29, 2002

O dia 28 foi cheio. De manhãzinha, me encontro com o presidente da associação de moradores do Jacaré. Visito boteco, famílias, creche. Fotos da criançada. "Tia, eu quero também! Vou aparecer onde? Vou ficar famoso?".

Casa. Recebo um telefonema que me deixou feliz o resto do dia, talvez valha por toda a semana ... Fico uma hora no telefone com Andréia. Quanta saudade, vontade de conversar de tudo, ou de nada, que é bom de qualquer maneira...

TVE, parabéns da galera. O Scucato me dá um presente muito maneiro, criativo, a minha cara, é como se só eu pudesse receber aquele embrulho, exclusivo. Ainda vem com uma poesia muito engraçada. Chama-se "Giselunda no país das Canelácias".

Ligo para o Luís Edgard. Ele me chama para ir lá conversar. Começa a dizer que não se sente disposto ainda, que o problema dele não é só físico. Diz que está em depressão, muito debilitado para entrar nas questões que eu quero entrar, como a demissão do JB, a ditadura militar e o prêmio Esso. E eu pensando: "Mas já faz tanto tempo...". Bom, se eu já havia decidido abrir o verbo, agora então... encho-me de coragem e falo o que estou achando. Que ele não queria me dar entrevista, eu já tinha notado, e só queria saber o motivo, se eu tinha feito ou falado algo de errado. Ele diz que não, muito pelo contrário, que eu fui muito delicada nas poucas vezes em que nos falamos, minhas perguntas eram pertinentes, interessantes. Só que tocavam em questões que ele não se sente bem para responder, não no momento. "Me sinto até um pouco envergonhado por isso, e te peço desculpas". Ele acaba falando tudo (ou quase) que eu queria saber. Mas eu não gravei, e ele disse que não quer que eu escreva sobre. Respeito, é óbvio, e não vou escrever mesmo. Estou muito nova para ser anti-ética. Vou me retirar, viro as costas, mas antes ele diz que eu sou uma pessoa admirável. E eu me emociono com isso...

Chego na UFF, o pessoal diz que só vai poder chegar na Tasca do Renato mais tarde. Aproveito para caminhar. Vou pro meu local de "meditação". Vento no rosto, mato nos pés, uma das sete maravilhas do mundo contemporâneo ao lado e o mar até perder de vista... 30 minutos assim. Daí toca o celular, é a Renata, diz que estão me esperando.
Senti falta do Léo, do Miranda e da Paulinha (a ausência da Bronquinha eu nem comento). Ao mesmo tempo, fiquei muito feliz com a presença do Diego. Isso que é surpresa... A Marcinha também apareceu com a Isabela, muito fofa. E trouxe ótimas notícias...

Meu irmão me trouxe em casa com Elianker. Gostei de tê-lo por perto também.

É isso! That's all folks! Pfui!

21 primaveras... É difícil assimilar. E o pior é que, sendo eu a mais nova (tanto na UFF, quanto na TVE e, óbvio, em casa), sempre acham engraçado o fato de eu me ater a essas questões. O tempo também passa para mim...

Tuesday, August 27, 2002

Hoje eu tava pensando no Tchenheimer e ele me escreveu. Muito legal, transmissão de pensamento. Tudo certo por lá... Acho que ele nem se tocou de que está perto do meu aniversário.

Hoje eu mandei muito mal. Com essa coisas de colocar "diminutivozinho" em tudo, eu cometi um ato falho daqueles...

Esta música é tudo...

Bom conselho

Ouça um bom conselho
Que eu lhe dou de graça
Inútil dormir que a dor não passa
Espere sentado
Ou você se cansa
Está provado, quem espera nunca alcança

Venha, meu amigo
Deixe esse regaço
Brinque com meu fogo
Venha se queimar
Faça como eu digo
Faça como eu faço
Aja duas vezes antes de pensar

Corro atrás do tempo
Vim de não sei onde
Devagar é que não se vai longe
Eu semeio vento na minha cidade
Vou pra rua e bebo a tempestade


Chico Buarque/1972
Para o filme Quando o carnaval chegar de Cacá Diegues


A vida é assim... promove realizações em meio a separações. Daí, de alguma forma, fica difícil reclamar dela...

O IACS está diferente... Cada vez mais sinto que as pessoas estão indo, os meus grandes amigos de antes já não fazem parte do meu cotidiano. Não chego propriamente a achar que não conheço mais ninguém lá (pensamento típico dos que estão no sexto período em diante). Também pudera, eu faço matéria nas mais variadas turmas...
Passei na casa do Diego depois da reunião com a Renata. A Mari se mudou de lá, e isso é muito estranho. É mais um exemplo dessas coisas que se perdem no tempo... A Mari era a melhor amiga do Diego, tanto que decidiram dividir o ap. Planos mil e, de repente, ela começa a namorar com o Zeca. Depois, o Di com a Ana. Resumindo: por vezes que ela entrou em casa sem que ele visse, e vice-versa. E agora ela se muda, sem que isso seja propriamente doloroso, porque há tempos ela já não estava lá...
Sinto falta das nossas conversas, reuniões, festas, jantares (o japonês foi o melhor de todos). E é estranho pensar que cada um foi pro seu canto, viver a sua vida, simplesmente. E basta...

Monday, August 26, 2002

"Andrés, não satisfeito com o nome plural, ainda encontra mais uma.
agora ele é ANTRÉS".


Retirado de "Como ser legal".

ACHEI!!!! NÃO ESTOU NEM ACREDITANDO!!! ACHEI O MOHAMMAD MOUNIR NA INTERNET!!!
http://www.maqam.com/alphabetic.shtml. É um site de "Fine Arabic & Middle Eastern Music". TEM LÁ O NOME DELE!!! Só não estou conseguindo baixar as músicas, está dando erro toda hora... Mas eu vou conseguir, se não for daqui de casa, amanhã, com um computador decente, com certeza!!!!

Tudo errado... tentar prever situações em nada nos preserva, sequer nos afasta da possibilidade sempre presente de nos decepcionarmos. Se bem que essa não é bem a palavra...
"Você nunca me decepcionou. Também jamais me completou".
Putz, me veio à mente esse trechinho final de Bao Chi, Bao Chi. E isso me faz lembrar a entrevista que não se realizou, depois de um livro lido e uma puta pesquisa feita. Ainda não me conformei...